A vocês,
mantenedores da ordem e da paz social.
A vocês, adoradores das normas e da
“boa conduta”.
A vocês, frígidos amantes da segurança
e da estabilidade.
Não mais aceitaremos as verdades que
vocês fabricaram e nos enfiaram mucosas a dentro.
Não mais aceitaremos suas desculpas
para cada massacre, seja ele estrondoso e fulminante ou lento e
sufocante que vocês organizam e realizam visando manter a ordem da
sociedade.
Não nos contentam suas promessas de
felicidade sustentadas em máquinas, autômatos, variedades de
plásticos, açúcares, cosméticos, finais felizes, aspirinas,
antidepressivos e outras anestesias.
Não nos excitam seus modelos frios e
fórmulas mecânicas de prazer.
Não mais aceitaremos seus padrões de
gênero e normalidades sexuais.
Atacamos, com nossas ações negativas
e abrimos possibilidades para criarmos muito mais do que suas
afirmações limitadas e mediocrizantes um dia permitiram criar.
Somos um (anti)movimento de uma, duas,
dez ou dez milhões de pessoas sem fé nos modelos de humanidade, de
futuro, de conhecimento, de educação, de saúde, de beleza, de
felicidade, de produção e de consumo que vêm sendo afirmados pelas
culturas dominantes ao longo da história.
Acreditamos no potencial criativo da
negação e evocamos o caos, o indefinido, o desconhecido e o
inusitado para tocar a música a qual dançarão as profundas
transformações necessárias a cada pessoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário